
ACTOR IMPERFEITO, EDIÇÃO KINDLE
Actor Imperfeito é uma peça de teatro bilingue, em Inglês e Português, construída com os poemas de amor de William Shakespeare. Os sonetos de Shakespeare, publicados em 1609, são justamente celebrados pela sua beleza, intemporalidade e universalidade. Tratam os temas comuns do amor e da amizade amorosa, começando pelo o amor próprio e o narcisismo, depois a paixão, a comunhão, o desejo, a lealdade, a leviandade, a traição sexual. Os poemas encenam os dramas da vida da relação, a separação, o ciúme, a insónia, a reconciliação...Neles entrevemos pequenas cenas, uma carta que se escreve a meio da noite, um regresso há muito esperado, uma cena rústica com galinha esvoaçante...
A sequência de sonetos põe em cena dois triângulos amorosos que têm como eixo comum a relação entre o Poeta Will e o seu Patrono e jovem amigo, a quem designa por Jovem Louro. O primeiro triângulo amoroso inclui o Poeta, o Jovem e o Poeta Rival; o segundo inclui o Poeta e o Jovem que é seduzido pela amante do Poeta, a Mulher Morena, promíscua e cruel, personificação do mal do sexo e da venalidade.
Para além da narrativa das relações amorosas que se vai desenrolando, Actor Imperfeito é também um texto sobre a imperfeição da tradução: a tradução do que sentimos em gestos e palavras, de uma língua noutra língua, a tradução do texto no corpo do actor, a tradução de um tempo noutro tempo, de um espaço noutro espaço. E sobretudo de um espaço interior e íntimo que é tantas vezes inefável e inexprimível, num espaço exterior e público onde impera a convenção e os protocolos.
Actor Imperfeito é uma peça de teatro bilingue, em Inglês e Português, construída com os poemas de amor de William Shakespeare. Os sonetos de Shakespeare, publicados em 1609, são justamente celebrados pela sua beleza, intemporalidade e universalidade. Tratam os temas comuns do amor e da amizade amorosa, começando pelo o amor próprio e o narcisismo, depois a paixão, a comunhão, o desejo, a lealdade, a leviandade, a traição sexual. Os poemas encenam os dramas da vida da relação, a separação, o ciúme, a insónia, a reconciliação...Neles entrevemos pequenas cenas, uma carta que se escreve a meio da noite, um regresso há muito esperado, uma cena rústica com galinha esvoaçante...
A sequência de sonetos põe em cena dois triângulos amorosos que têm como eixo comum a relação entre o Poeta Will e o seu Patrono e jovem amigo, a quem designa por Jovem Louro. O primeiro triângulo amoroso inclui o Poeta, o Jovem e o Poeta Rival; o segundo inclui o Poeta e o Jovem que é seduzido pela amante do Poeta, a Mulher Morena, promíscua e cruel, personificação do mal do sexo e da venalidade.
Para além da narrativa das relações amorosas que se vai desenrolando, Actor Imperfeito é também um texto sobre a imperfeição da tradução: a tradução do que sentimos em gestos e palavras, de uma língua noutra língua, a tradução do texto no corpo do actor, a tradução de um tempo noutro tempo, de um espaço noutro espaço. E sobretudo de um espaço interior e íntimo que é tantas vezes inefável e inexprimível, num espaço exterior e público onde impera a convenção e os protocolos.
do espectáculo
ACTOR IMPERFEITO/UNPERFECT ACTOR, com os sonetos de William Shakespeare,
dramaturgia de Luísa Costa Gomes,
encenação de António Pires,
espectáculo bilingue em Inglês e Português,
Teatro do Bairro, 4 de Dezembro 2013,
Teatro Carlos Alberto, 22 de Janeiro de 2014
PRÓLOGO (soneto 23)
As an unperfect actor on the stage, Who with his fear is put beside his part, Or some fierce thing replete with too much rage, Whose strength's abundance weakens his own heart; So I, for fear of trust, forget to say The perfect ceremony of love's rite, And in mine own love's strength seem to decay, O'ercharg'd with burthen of mine own love's might. O! let my books be then the eloquence And dumb presagers of my speaking breast, Who plead for love, and look for recompense, More than that tongue that more hath more express'd. O! learn to read what silent love hath writ: To hear with eyes belongs to love's fine wit. O TRADUTOR (soneto 23)
Como actor imperfeito que na cena Com o medo sai da parte que lhe dão
Ou coisa feroz, que a raiva envenena E a própria força afrouxa o coração... Por medo de confiar, esqueço dizer
A perfeita cerimónia do amor
E na força dele pareço decrescer Vergado ao fardo do seu vigor.
Seja meu livro a pura eloquência Arauto mudo do que no peito fala Defende amor e busca recompensa Maior que a língua pode expressá-la... Como actor imperfeito que em cena Por medo faz mal a sua parte
Oh, aprende a ler o que mudo amor escreve Ouvir com olhos ao espírito do amor se deve Ouvir com olhos é o que fino amor deve Ouvir com olhos
Ouvir com olhos
As an unperfect actor on the stage, Who with his fear is put beside his part, Or some fierce thing replete with too much rage, Whose strength's abundance weakens his own heart; So I, for fear of trust, forget to say The perfect ceremony of love's rite, And in mine own love's strength seem to decay, O'ercharg'd with burthen of mine own love's might. O! let my books be then the eloquence And dumb presagers of my speaking breast, Who plead for love, and look for recompense, More than that tongue that more hath more express'd. O! learn to read what silent love hath writ: To hear with eyes belongs to love's fine wit. O TRADUTOR (soneto 23)
Como actor imperfeito que na cena Com o medo sai da parte que lhe dão
Ou coisa feroz, que a raiva envenena E a própria força afrouxa o coração... Por medo de confiar, esqueço dizer
A perfeita cerimónia do amor
E na força dele pareço decrescer Vergado ao fardo do seu vigor.
Seja meu livro a pura eloquência Arauto mudo do que no peito fala Defende amor e busca recompensa Maior que a língua pode expressá-la... Como actor imperfeito que em cena Por medo faz mal a sua parte
Oh, aprende a ler o que mudo amor escreve Ouvir com olhos ao espírito do amor se deve Ouvir com olhos é o que fino amor deve Ouvir com olhos
Ouvir com olhos
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na imprensa
Actor Imperfeito está no Teatro do Bairro in Sic Notícias