Contista, romancista, dramaturga, dramaturgista, argumentista, cronista, tradutora. Licenciada em Filosofia. Professora do Ensino Secundário até 2010. Entre 2000 e 2010 foi parte do programa Artes na Escola, realizando oficinas de escrita nas escolas do país. Orientou uma Pós-Graduação em Escrita Literária na Universidade Lusófona nos anos noventa. Orientou várias Oficinas de Escrita de Conto, de Escrita para Teatro e de Tradução Literária. Orientou uma Oficina de Escrita para Teatro e uma Oficina de Ficção Breve na Pós-Graduação em Artes da Escrita na Universidade Nova de Lisboa.
Publicou 8 romances, 5 colecções de contos, 2 librettos, um deles o libreto da ópera White Raven (“Corvo Branco”) de Philip Glass e Robert Wilson, encenada em Lisboa no Teatro Camões em 1998, no âmbito da EXPO 98, no Teatro Real de Madrid e no Lincoln Center . Escreveu as peças "Nunca Nada de Ninguém", "Clamor" (sobre textos do Padre António Vieira), "O Céu de Sacadura", “José Matias”, “Vanessa Vai à Luta!”, “O Último a Rir”, “Vida de Artista”, “Comédia de Desenganos”, “Dias a Fio”, “Actor Imperfeito”(com os sonetos de Shakespeare), “De Passagem”, etc. O seu mais recente trabalho como dramaturgista, “Macbeths” (the untold story) estreou nas Ruínas do Carmo em Agosto de 2018, com encenação de António Pires; “A Grande Vaga de Frio” (com o texto de “Orlando”, de Virginia Woolf) com encenação de Carlos Pimenta, estreou em Outubro de 2017, no CCB, e no TeCa, Porto, em Novembro. Trabalhou como dramaturga e dramaturgista com vários encenadores (Ana Tamen, Ricardo Pais, Nuno Carinhas, António Pires, Jorge Pinto, Carlos Pimenta, entre outros). Em 2015 foi atribuído o Grande Prémio de Literatura .dst ao romance “Cláudio e Constantino”. Em 2010 foi-lhe atribuído ex-aequo o Prémio Pen Club Português para Melhor Romance, “Ilusão ou o que quiserem” e ao mesmo texto o Prémio Fernando Namora para o Melhor Romance de 2010.
Dirigiu entre 2000 e 2010 a revista Ficções, agora online no Centro Virtual Camões.
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Artigo (incompleto) da Wikipédia
Colaboro desde o início de 2015 com a revista online Forma de Vida com uma crónica indecentemente irregular
Colaboro desde 2018 com o jornal de distribuição gratuita Notícias da Gandaia com uma crónica mensal
Escrevo em parceria com Carlos Alberto Augusto o blogue Suplemento Cultural
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…whether or not I´ll be the hero of my own life…
Nasci em Lisboa, a 16 de Junho de 1954. Os primeiros anos passei-os entre a casa dos meus avós maternos em Benfica, dos avós paternos em Paço d´Arcos e a Base Aérea da Ota, esse recreio natural maravilhoso onde cresci em bando de miúdos à solta e ao ar livre. O primeiro livro que escrevi, aos dez anos, foi uma colecção de sonetos em memória do meu avô materno, que morreu de repente depois de muito gozar a vida. Aos treze anos, aluna da “Arte de Dizer”, da actriz Manuela Machado, no Instituto de Odivelas, declamava com sentimento “Oh, olhos negros, olhos negros! / Olhos da cor da capa de Hamlet [...]” e, ainda sem saber quem seria este Hamlet, escrevi por encomenda da professora a minha primeira peça de teatro, expressivamente intitulada O Louco. Umas quantas vicissitudes fizeram com que a peça, um pastelão ao melhor estilo Álvaro de Campos, pejado de “eias” e “alas!”, extensos monólogos sobre o sentido da vida e as injustiças da sociedade, nunca chegasse a ser representada. Mas, nesse mesmo ano, tive a glória de pisar o palco como personagem muitíssimo secundária de um auto de Natal feito a partir de O Suave Milagre, de Eça de Queirós. Nele, após uma pausa enfática que muito afligiu os meus parentes (imaginaram que me teria esquecido do papel), em duas linhas eu anunciava, encostada a um poço cuja roldana teimava em cair durante os ensaios, a boa-nova da vinda de um Messias aos pastores que, pasmados, esperavam vez para dar água às ovelhas. Aos quinze anos, escrevia novelas utópicas em que tudo começava bem e acabava mal. As personagens tinham nomes americanos e viviam do ar para além dos montes, em comunhão com a Natureza, de mãos dadas e cantando hinos de amor universal. Aos dezoito escrevia nada e aos vinte e três descobri o fenómeno da linguagem e da experimentação literária. Aos vinte e sete anos comecei a publicar. Escrevi contos, romances, peças de teatro, crónicas. Frases atrás de frases, foi surgindo matéria e gente que me surpreende e me entretém.
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