CABARET ALEMÃO, tradução e dramaturgia de Luísa Costa Gomes,
encenação de António Pires,
Teatro do Bairro, 17 de Março de 2014
Cabaret Alemão é um espectáculo de teatro musical que usa a tradição do “cabaret artistique” do final de oitocentos e suas derivações alemãs dos anos vinte e trinta do século passado, com relevância especial para o sprechgesang, tendo por objectivo falar da contemporaneidade europeia e especificamente portuguesa. A premissa é a de que Portugal é país ocupado por uma Alemanha omnipotente, castigadora e belicosa – o desejo é o de que essa Alemanha reencontre as suas raízes românticas e independentistas, pacifistas, humanistas, solidárias, ou seja, subversivas, que fizeram da Revolução de 1918 e da subsequente República de Weimar, um foco, ainda que caótico, de liberdade e civilização.
Com textos escritos por Luísa Costa Gomes, canções de Friedrich Holländer, Rudolf Nelson, Eisler e poemas de Tucholsky, Kästner, Mann e Brecht traduzidos, reinventados, reinterpretados por Maria Rueff e Sofia de Portugal, o espectáculo, encenado por António Pires e com a participação de Hugo Mestre Amaro, Rafael Fonseca e Mário Sousa, pretende ser uma sátira corrosiva aos pequenos e grandes poderes - construindo pontes com a boa Alemanha, a sua boa Poesia, a sua boa Música, o seu bom Humor, o que hoje ainda se representa nos cabarets.
Com textos escritos por Luísa Costa Gomes, canções de Friedrich Holländer, Rudolf Nelson, Eisler e poemas de Tucholsky, Kästner, Mann e Brecht traduzidos, reinventados, reinterpretados por Maria Rueff e Sofia de Portugal, o espectáculo, encenado por António Pires e com a participação de Hugo Mestre Amaro, Rafael Fonseca e Mário Sousa, pretende ser uma sátira corrosiva aos pequenos e grandes poderes - construindo pontes com a boa Alemanha, a sua boa Poesia, a sua boa Música, o seu bom Humor, o que hoje ainda se representa nos cabarets.
KÜSST DIE FASCHISTEN! (Beijem os Fascistas!) ( Eisler/ Kurt Tucholsky)
Dêem-lhes amor e só...ternura
Não os assustem...são delicados! Guardem-nos em seda e... doçura Respeitem os seus predicados!
Calem os cães se eles ladrarem
Beijem os fascistas, beijem os fascistas (10) Que encontrarem!
Quando eles ladram seu desdém
Digam: “Amén! Se faz favor!” (8) Cortem-me às postas! Aqui me têm! Espanquem com todo o fervor!
O vosso jogo é espancarem.
Beijem os fascistas, beijem os fascistas Que encontrarem!
Disparem, não há quem resista!
Será que dão valor à vida?
Iss ́é coisa de pacifista!
Quem não gosta de ser vencida?
Sintam o punhal da conquista
Que no peito vos enterrarem!
Beijem os fascistas! Beijem os fascistas! Que vocês fizerem!
Sofrendo melhor é dizerem:
“O punhal é quem tem razão!”
Beijem os fascistas, beijem os fascistas Que vocês fizerem!
na imprensa
Peça Cabaret Alemão está em Cena no Teatro do Bairro in Sic Notícias