O PRÍNCIPE DE HOMBURGO, de Heinrich Von Kleist,
tradução de Luísa Costa Gomes,
co-encenação de Luísa Costa Gomes e António Pires,
Centro Cultural de Belém, 7 de Fevereiro 2010,
Teatro Carlos Alberto, Porto, 7 de Maio de 2010
tradução de Luísa Costa Gomes,
co-encenação de Luísa Costa Gomes e António Pires,
Centro Cultural de Belém, 7 de Fevereiro 2010,
Teatro Carlos Alberto, Porto, 7 de Maio de 2010
“Mas este mundo de Deus, Mãe, é tão bonito!
Peço-te, não me deixes, antes que a minha hora chegue, descer às negras sombras”.
Frederico de Homburgo, o Príncipe Sonâmbulo
Frederico Artur, Príncipe de Homburgo, sonha com a glória. Passeia, sonâmbulo, até ao jardim do palácio, na véspera da batalha. Entrança, dormindo, uma coroa de louros. Aí o encontram o Eleitor do Brandeburgo e respectiva Corte. Troçando, o Eleitor impõe-lhe a coroa. Desta aparentemente inócua brincadeira irá fluir o drama de magnas e inesperadas consequências.Desde a sua estreia em 1821 no Vienna Burgtheater, “entre risos e assobios”, que “O Príncipe de Homburgo” ou “A Batalha de Fehrbellín” não deixa de provocar públicos e entusiasmar críticos que lhe chamaram, desde aquele primeiro estrondoso fiasco, um texto “novo e estranho”. E desde essa primeira representação que a riqueza e a complexidade da última peça de Heinrich von Kleist, escrita em 1811, poucos meses antes da sua morte, tem suscitado as mais diversas e contraditórias leituras. Escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico, foi o próprio Kleist a considerá-la “drama patriótico”, embora o seu protagonista imaturo, cobarde, desajeitado, ridículo e cheio de delírios de grandeza não devolvesse à pátria uma imagem propriamente lisonjeira de si própria
Peço-te, não me deixes, antes que a minha hora chegue, descer às negras sombras”.
Frederico de Homburgo, o Príncipe Sonâmbulo
Frederico Artur, Príncipe de Homburgo, sonha com a glória. Passeia, sonâmbulo, até ao jardim do palácio, na véspera da batalha. Entrança, dormindo, uma coroa de louros. Aí o encontram o Eleitor do Brandeburgo e respectiva Corte. Troçando, o Eleitor impõe-lhe a coroa. Desta aparentemente inócua brincadeira irá fluir o drama de magnas e inesperadas consequências.Desde a sua estreia em 1821 no Vienna Burgtheater, “entre risos e assobios”, que “O Príncipe de Homburgo” ou “A Batalha de Fehrbellín” não deixa de provocar públicos e entusiasmar críticos que lhe chamaram, desde aquele primeiro estrondoso fiasco, um texto “novo e estranho”. E desde essa primeira representação que a riqueza e a complexidade da última peça de Heinrich von Kleist, escrita em 1811, poucos meses antes da sua morte, tem suscitado as mais diversas e contraditórias leituras. Escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico, foi o próprio Kleist a considerá-la “drama patriótico”, embora o seu protagonista imaturo, cobarde, desajeitado, ridículo e cheio de delírios de grandeza não devolvesse à pátria uma imagem propriamente lisonjeira de si própria