O primeiro livro que publiquei, há exactamente trinta e oito anos foi Treze Contos de Sobressalto. Segue-se uma narrativa, Arnheim & Desirée e novo livro de contos, O Gémeo Diferente. Em 1988, publiquei o primeiro romance, O Pequeno Mundo. Nos anos de 1989 e 1990, escrevi a Vida de Ramón (biografia ficcional de Ramón Lull, hoje traduzida em catalão, castelhano, neerlandês e francês e de que se fez uma edição revista em 2017) e Nunca Nada de Ninguém, a minha primeira experiência de texto dramático, terminada em Julho de 1990. Em 92, como bolseira da Fundação Gulbenkian, escrevi, por encomenda do grupo de teatro O Bando, a fantasia Ubardo, que a companhia não chegou a apresentar e que foi encenada em 98 no Teatro de São João no Porto. No mesmo ano, escrevi a peça A Minha Austrália. As peças foram publicadas em livro pela Dom Quixote, em 1993, e ganharam o Prémio Eça de Queirós da Câmara Municipal de Lisboa. Em Março de 94 estreou-se, no Teatro Nacional D. Maria II a peça Clamor, encenada por Ricardo Pais, escrita por encomenda de Lisboa 94 – Capital da Cultura, com textos do Padre António Vieira. Em Março de 1998, outro texto meu havia de chegar ao TNDM II: O Céu de Sacadura, com encenação de Nuno Carinhas, parte integrante do Festival dos Cem Dias (Expo’98). Também no âmbito da exposição universal foi apresentado Corvo Branco/White Raven, ópera de Philip Glass, encenada por Robert Wilson, para quem escrevi o libreto (uma encomenda da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, em 1989). Como libretista já tinha escrito Sobre o Vulcão, cantata de Luís Bragança Gil, mais tarde editada em CD, com o apoio do Ministério da Cultura. Em Julho de 1998 estreou no Teatro Rivoli, no Porto, Arte da Conversação, pequena peça escrita por encomenda do Teatro Ensemble. Aliás, em 1998, esse ano mirabolante, estiveram em cena cinco peças: O Céu de Sacadura, Vanessa Vai à Luta, Arte da Conversação, Ubardo e Corvo Branco. Em Outubro de 1999 estreou, na Culturgest, em Lisboa, E Agora, Outra Coisa, comédia para um actor, interpretada por Paulo Matos, baseada em crónicas escritas para o Independente e o Diário de Notícias e publicadas em Isto e Mais Isto e Mais Isto. Quase simultaneamente estreou Libentíssimo, espectáculo de música e poesia satírica, dirigido pelo compositor Luís Bragança Gil, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, de que fiz a dramaturgia e a encenação. O espectáculo teve uma segunda versão (Libentíssimo II), apresentada em 2002, para a qual fiz a selecção de textos. Escrevi O Último a Rir (cujo título original é Vingança de Antero ou Boda Deslumbrante, peça publicada no livro Duas Comédias), encenada por Adriano Luz e interpretada por José Pedro Gomes. Fui ainda co-autora de Inox, espectáculo apresentado no Tivoli por José Pedro Gomes, António Feio e Maria Rueff.
Outras peças minhas encenadas: Vanessa Vai à Luta, pelo Grupo O Semeador, de Portalegre em 1998 e depois em 2005, por Ana Tamen, na Comuna e novamente por António Pires, no Teatro da Trindade em 2017; Ubardo, em 1998, no Teatro de S. João, no Porto, encenado por Filipe Crawford; José Matias – Entretém para Quatro Mulheres no Rivoli do Porto, encenado por Nuno Carinhas e em 2019 por Rui Quintas, do ArteViva do Barreiro. Um Filho, versão portuguesa do original inglês Houses Without Walls, por Ana Tamen, no Teatro da Malaposta em 2005.
Fiz ainda a adaptação dos textos de As Três Irmãs, de Anton Tchékhov (dando origem a Três Passagens para Moscovo, espectáculo de Polina Klimovitskaia, apresentado no Centro Cultural de Belém, 1994). Traduzi Ligações Perigosas (dir. Eduardo Barreto, Teatro da Trindade, 2003), a partir do guião de Dangerous Liaisons: The Film, de Christopher Hampton, baseado no romance Les liaisons dangereuses, de Choderlos de Laclos. Traduzi várias peças de teatro: Geography and Plays, de Gertrude Stein, com Ana Tamen; California Suite, de Neil Simon; e The Break of Day, de Timberlake Wertenbaker, com Ana Tamen. No TNSJ, a ópera Punch and Judy, de Harrison Birstwistle (direcção musical de Stefan Asbury, encenação de José Wallenstein, 2002), e pela tradução e dramaturgia de UBUs, (espectáculo encenado por Ricardo Pais, 2005). Desse trabalho resultou Ubu, tradução anotada da saga ubuesca de Alfred Jarry (Rei Ubu, Ubu Agrilhoado, Ubu Cornudo e Ubu no Outeiro), publicada pela Campo das Letras, em 2005. Traduzi ainda ficção (O Amante, de Marguerite Duras, com Piedade Ferreira, e Três Homens de Bicicleta, de Jerome K. Jerome para a Cotovia). Comecei, nos anos oitenta, como tradutora de banda desenhada para a Meribérica e traduzi durante os anos dois mil cerca de uma centena de filmes para a Visiontext de Londres.
O meu primeiro romance, O Pequeno Mundo (Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus), publicado em 1988, foi considerado por Fernando Pinto do Amaral um dos cem romances do século. Não é coisa de pouca monta, que muito envaideceu a autora…
Seguiram-se os seguintes títulos: Arhheim & Desirée (1983), O Gémeo Diferente, contos (1984), O Defunto Elegante, com Abel Barros Baptista, romance epistolar (1996), Contos Outra Vez (1997), Educação para a Tristeza (1999) e Império do Amor, contos (2001). Olhos Verdes (1994) recebeu o Prémio Máxima de Literatura em 1995.
Nos anos oitenta comecei a fazer alguns programas de rádio e televisão. Fiz o (apostaria que único) programa de rádio sobre Filosofia, entre Março e Julho de 1985, na Rádio Comercial, dirigida na altura por João David Nunes. O programa tinha uma hora e era realizado por Rui Neves. Chamava-se A Lógica Mente e por lá passaram filósofos e cientistas. Havia jogos lógicos e conversas sobre o tudo e sobre o nada.
No Verão de 86 fiz a experiência de trabalhar para a RTP a fazer um programa de actualidade cultural. Chamava-se Livros. Lembro-me de não dormir durante esse tempo. Lembro-me de uma longa e extraordinária conversa entre o Eduardo Lourenço e o José Saramago sobre Pessoa, que teve de ser repetida por uma questão técnica sem qualquer importância. Regressei à Rádio Comercial em 1987 para apresentar o programa de Literatura Rádio-Livro; simultaneamente, fazia uma Campanha de Motivação para a Leitura, patrocinada pelo Instituto Português do Livro e da Leitura, em 1987 e 1988 (spots radiofónicos de dois a três minutos). De Junho a Dezembro de 1990, com Abel Barros Baptista, e com o patrocínio do Instituto de Inovação Educacional, fizemos para a TSF Radiojornal um programa literário de cerca de meia hora semanal. Na XFM, a partir de Novembro de 1993, apresentei um programa de entrevistas e escrevi textos para rádio.
Escrevi, a partir de 1991, para a revista Grande Reportagem de Miguel Sousa Tavares e, embora de forma bastante irregular, também para outras revistas (como a Ler). Fui cronista do semanário O Independente e do diário Público, tendo 61 dessas crónicas sido publicadas na colectânea Isto e Mais Isto e Mais Isto, lançada em 2000 pela Editorial Notícias. Fui ainda cronista do Notícias-Magazine, revista semanal do Diário de Notícias.
Outras peças minhas encenadas: Vanessa Vai à Luta, pelo Grupo O Semeador, de Portalegre em 1998 e depois em 2005, por Ana Tamen, na Comuna e novamente por António Pires, no Teatro da Trindade em 2017; Ubardo, em 1998, no Teatro de S. João, no Porto, encenado por Filipe Crawford; José Matias – Entretém para Quatro Mulheres no Rivoli do Porto, encenado por Nuno Carinhas e em 2019 por Rui Quintas, do ArteViva do Barreiro. Um Filho, versão portuguesa do original inglês Houses Without Walls, por Ana Tamen, no Teatro da Malaposta em 2005.
Fiz ainda a adaptação dos textos de As Três Irmãs, de Anton Tchékhov (dando origem a Três Passagens para Moscovo, espectáculo de Polina Klimovitskaia, apresentado no Centro Cultural de Belém, 1994). Traduzi Ligações Perigosas (dir. Eduardo Barreto, Teatro da Trindade, 2003), a partir do guião de Dangerous Liaisons: The Film, de Christopher Hampton, baseado no romance Les liaisons dangereuses, de Choderlos de Laclos. Traduzi várias peças de teatro: Geography and Plays, de Gertrude Stein, com Ana Tamen; California Suite, de Neil Simon; e The Break of Day, de Timberlake Wertenbaker, com Ana Tamen. No TNSJ, a ópera Punch and Judy, de Harrison Birstwistle (direcção musical de Stefan Asbury, encenação de José Wallenstein, 2002), e pela tradução e dramaturgia de UBUs, (espectáculo encenado por Ricardo Pais, 2005). Desse trabalho resultou Ubu, tradução anotada da saga ubuesca de Alfred Jarry (Rei Ubu, Ubu Agrilhoado, Ubu Cornudo e Ubu no Outeiro), publicada pela Campo das Letras, em 2005. Traduzi ainda ficção (O Amante, de Marguerite Duras, com Piedade Ferreira, e Três Homens de Bicicleta, de Jerome K. Jerome para a Cotovia). Comecei, nos anos oitenta, como tradutora de banda desenhada para a Meribérica e traduzi durante os anos dois mil cerca de uma centena de filmes para a Visiontext de Londres.
O meu primeiro romance, O Pequeno Mundo (Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus), publicado em 1988, foi considerado por Fernando Pinto do Amaral um dos cem romances do século. Não é coisa de pouca monta, que muito envaideceu a autora…
Seguiram-se os seguintes títulos: Arhheim & Desirée (1983), O Gémeo Diferente, contos (1984), O Defunto Elegante, com Abel Barros Baptista, romance epistolar (1996), Contos Outra Vez (1997), Educação para a Tristeza (1999) e Império do Amor, contos (2001). Olhos Verdes (1994) recebeu o Prémio Máxima de Literatura em 1995.
Nos anos oitenta comecei a fazer alguns programas de rádio e televisão. Fiz o (apostaria que único) programa de rádio sobre Filosofia, entre Março e Julho de 1985, na Rádio Comercial, dirigida na altura por João David Nunes. O programa tinha uma hora e era realizado por Rui Neves. Chamava-se A Lógica Mente e por lá passaram filósofos e cientistas. Havia jogos lógicos e conversas sobre o tudo e sobre o nada.
No Verão de 86 fiz a experiência de trabalhar para a RTP a fazer um programa de actualidade cultural. Chamava-se Livros. Lembro-me de não dormir durante esse tempo. Lembro-me de uma longa e extraordinária conversa entre o Eduardo Lourenço e o José Saramago sobre Pessoa, que teve de ser repetida por uma questão técnica sem qualquer importância. Regressei à Rádio Comercial em 1987 para apresentar o programa de Literatura Rádio-Livro; simultaneamente, fazia uma Campanha de Motivação para a Leitura, patrocinada pelo Instituto Português do Livro e da Leitura, em 1987 e 1988 (spots radiofónicos de dois a três minutos). De Junho a Dezembro de 1990, com Abel Barros Baptista, e com o patrocínio do Instituto de Inovação Educacional, fizemos para a TSF Radiojornal um programa literário de cerca de meia hora semanal. Na XFM, a partir de Novembro de 1993, apresentei um programa de entrevistas e escrevi textos para rádio.
Escrevi, a partir de 1991, para a revista Grande Reportagem de Miguel Sousa Tavares e, embora de forma bastante irregular, também para outras revistas (como a Ler). Fui cronista do semanário O Independente e do diário Público, tendo 61 dessas crónicas sido publicadas na colectânea Isto e Mais Isto e Mais Isto, lançada em 2000 pela Editorial Notícias. Fui ainda cronista do Notícias-Magazine, revista semanal do Diário de Notícias.